terça-feira, 28 de junho de 2011

Sacolas plásticas e serragem são transformadas em abajur

O Kulla, estúdio de design israelense, é o responsável por criar luminárias feitas de materiais reaproveitados. Através da técnica Upcycle, que consiste em dar nova vida a itens que perderam sua utilidade original, a dupla de designers, Adi Shpigel e Keren Tomer, cria abajures.
Na lista dos materiais utilizados nas criações da coleção “50% Sawdust” estão sacos plásticos e serragem. O resultado é uma mistura de cores, gerada pelo plástico, mesclado com a madeira, que dão um tom elegante às luminárias.
Para chegar ao resultado final, as designers misturam os sacos de diversas cores e o pó de serra em um molde de alumínio, que é exposto a altas temperaturas. Dessa forma é dispensado qualquer tipo de adesivo ou cola. Apenas o derretimento do plástico já é capaz de transformar os resíduos em um material no formato do molde.
Assim é feita a cúpula do abajur. O restante da estrutura também é proveniente de madeira sustentável. Em alguns casos ela é apenas fixada em um pingente, podendo ser instalada em diversos locais.
Segundo a dupla de designers, cada detalhe do projeto foi pensado com muita atenção e a opção por manter as características naturais das matérias-primas também faz parte do ideal inicial. Os abajures funcionam com lâmpadas de 40V e a estrutura com fragmentos plásticos translúcidos oferece um brilho quente e texturizado.


 Fonte: Ciclo Vivo

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A verdade sobre as sacolas plásticas (spot 1)

Plastivida lança campanha em rádios para ressaltar os benefícios das sacolas plásticas


A partir de hoje, a Plastivida Instituto Socio-Ambiental dos Plásticos cameça a veicular em algumas rádios, uma série de ações de comunicação para esclarecer à sociedade as qualidades das sacolas plásticas, suas vantagens sociais e ambientais.

Desenvolvida pela Rino Comunicação, a campanha consiste em quatro spots com duração de 30 segundos cada, esclarecendo e valorizando a importância das sacolas plásticas.

O primeiro destacará comentários positivos sobre o produto, o próximo dará ênfase ao uso e descarte conscientes e adequados, o terceiro spot fará menção aos resultados do estudo britânico que comprova que as sacolas plásticas tem melhor desempenho ambiental que as alternativas, e, o último, incentivará a população à buscar soluções baseadas na educação e não no banimento.

Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, o objetivo das ações é “contribuir para o melhor entendimento sobre a importância das sacolinhas como a melhor opção para embalar as compras”.

A campanha será veiculada pela Band News, Rádio Bandeirantes e CBN e terá um reforço de divulgação pelas redes sociais, onde a Plastivida dialoga com mais de 30 mil pessoas diariamente, entre usuários, jornalistas, ONG’s, empresas, universidades, entre outros agentes.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Folha Online: Sacola plástica causa menos danos que ecobags

Uma pesquisa inédita do governo britânico indica que sacolas de plástico, odiadas por ambientalistas e rejeitadas por consumidores, podem não ser vilãs ecológicas. 

Um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, obtido pelo jornal britânico "The Independent" no último domingo (27), descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.

Os sacos de polietileno são, a cada utilização, quase 200 vezes menos prejudiciais ao clima do que as sacolas de algodão. Além disso, emitem um terço do CO§2§ em comparação às sacolas de papel oferecidas pelos varejistas. 

Os resultados do relatório indicam que, para equilibrar o pequeno impacto de cada saquinho, os consumidores teriam que usar a mesma sacola de algodão em todos os dias úteis do ano, ou sacolas de papel. 

A maioria dos sacos de papel são utilizados apenas uma vez e o estudo levantou que sacos de algodão são usados apenas 51 vezes antes de serem descartados, tornando-se --de acordo com o novo relatório-- piores que as sacolas plásticas usadas apenas uma vez. 

Apesar de ter sido encomendada em 2005 e programada para publicação em 2007, a pesquisa ainda não tinha sido divulgada ao público. 

Oficialmente, a Agência do Meio Ambiente disse que o relatório --"Life Cycle Assessment of Supermarket Carrier Bags", de Chris Edwards e Meyhoff Jonna Fry-- ainda está sendo revisado. No entanto, foi submetido ao processo de revisão há mais de um ano. 

A agência não tem a data da publicação, mas declarou que será em breve. 

O relatório queria descobrir qual dos sete tipos de sacos têm o menor impacto ambiental na poluição causada pela extração das matérias-primas, produção, transporte e eliminação. 

Segundo os pesquisadores, '" PEAD teve o menor impacto ambiental entre as opções de uso individual em nove das dez categorias. A sacola de algodão teve um bom desempenho porque foi considerada a mais leve". 

Seis bilhões de sacolas plásticas são utilizadas em todo o Reino Unido por ano e não há dúvida de que causam problemas ambientais, como lixo e poluição marinha, utilizando petróleo. Limitar o uso e reutilizá-las reduz os danos.

QUE SACO DEVO USAR?
 
Todos os sacos causam impacto. A melhor solução seria utilizar um saco de algodão centenas de vezes, provavelmente por anos. Para usar poucas vezes, a melhor opção é o plástico, segundo o estudo.

Veja matéria na Folha Online - http://migre.me/55sgU

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A polêmica da sacola plástica

Meio ambiente, resíduos sólidos, consumo, hábitos, custo e as sacolas de plástico. Estes temas são recorrentes em debates ambientais, plenários políticos e na sociedade civil. A polêmica sobre o uso das sacolas ganha novas interpretações e discursos, porém, entre os consumidores do produto, ainda traz dúvidas quanto à sua viabilidade de uso ou banimento.
Uma palestra proferida pelo diretor superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), Paulo Dacolina, exibiu dados que eximem as sacolas plásticas do título de vilãs do meio ambiente. O evento foi promovido pelo Sindicato das Empresas de Reciclagem de Resíduos Sólidos Domésticos e Industriais no Ceará (Sindverde).

De acordo com o estudo apresentado, elaborado por ingleses, entre os diversos tipos de sacolas (saco de papel, sacolas biodegradáveis, de algodão e retornáveis), o plástico tem o melhor desempenho ambiental em oito das nove categorias avaliadas. “O problema está no desperdício, descarte, duplicidade e subutilização do produto”, observou Paulo.

“Não há como extinguir a sacolinha”. A afirmação de Paulo é justificada pela criação de um produto que, padronizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pode suportar um peso de até 6 quilos. “Assim é possível utilizar a sacola da forma adequada, em todo o seu espaço e sem precisar do uso duplo, para reforçar”, disse. O teste foi feito. Durante cerca de 30 minutos, o saco fornecido por Paulo, suportou, sem rasgos, seis mil gramas.

CUSTO-BENEFÍCIO

Para a confecção da sacola normatizada pela ABNT são necessários 4,5 g de polietileno. Considerando-se que para carregar o peso indicado, os consumidores costumam usar duas sacolas – 40 cm x 50 cm - , cada uma com 3,5 g da matéria-prima, haverá redução deste consumo. “A intenção do programa é que, até 2012, o consumo reduza em 30%”, destacou Paulo. As sacolas plásticas certificadas já fazem parte de 85% da produção nacional.

Em estimativa, a redução do uso destas sacolas entre 2007 e 2011, considerando as 10 empresas associadas ao programa, foi de 3,9 bilhões de unidades, o que representa 21,8%. O despertar tardio das indústrias de plástico quanto ao meio ambiente é relevante e impõe reflexões quanto às condições financeiras e a possibilidade de um desenvolvimento sustentável. As pequenas empresas, que não possuem subsídio suficiente para custear a certificação, ainda são um entrave.

Por Sara Oliveira - Jornal O Estado CE.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O que dá pra fazer reutilizando sacolas plásticas?


O uso racional das sacolas plásticas está se tornando um assunto cada vez mais recorrente e, para não dispensar esse produto tão prático, barato e moderno, abaixo segue uma dica de reutilização.
O site Etsy Labs disponibilizou uma ideia para reaproveitarmos as sacolas plásticas: Fundi-las e transformá-las para levar às compras um produto diferenciado, além de higiênico.

Você vai precisar de:

- Muitas sacolinhas plásticas
- Tesoura
- Papel pergaminho ou papel tipo ofício
- Ferro e uma superfície para passar

Passo a passo:

1- Alise bem sua sacola e corte o fundo.

2- Corte também as alças da sacolinha. Assim você abre num retângulo um pouco maior. Repita isso com várias sacolas.

3- Alise novamente a sacola e vire do avesso para que o lado com a pintura fique para dentro. 

4- Os melhores resultados são obtidos usando no mínimo 6 camadas de plástico, então sobreponha pelo menos 3 sacolas. Coloque suas sacolas entre duas folhas de papel pergaminho.

5- Passe o ferro por todo o papel em temperatura bem quente. Use movimentos contínuos e não se esqueça das bordas. Esse processo não demora. Depois de uns 15 segundos vire cuidadosamente e passe o ferro do outro lado da mesma maneira.

6- Levante uma aba do papel pergaminho e veja se o plástico está se fundindo. Se necessário passe o ferro mais um pouco. Deverá estar parecendo como uma única folha de plástico.

7- Quando estiver tudo colado, retire o papel pergaminho com cuidado. Sua base de trabalho está pronta.

Com esse material você pode fazer uma porção de coisas: carteiras, capas de almofadas, tapetinhos de cozinha, capa para notebook e o que mais quiser. Aí é só usar a criatividade.

Carteirinha de sacola plástica Bolsas de praia de sacolas plásticas Almofadas de sacolas plásticas

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sacola plástica melhora nível de vida em povoado no Camboja

Recolher sacolas de plástico para transformá-las em bolsas, chapéus e outros acessórios ajudou um pequeno povoado do Camboja a melhorar seu nível de vida e, ao mesmo tempo, limpar o lixo da comunidade.

Chamcar Bei, povoado com cerca de 4.000 habitantes, localizado na província litorânea de Kep, é um dos poucos lugares do país onde quase não se vê lixo acumulado, já que a maioria dos resíduos vale dinheiro.

A população de um dos últimos redutos do antigo regime do Khmer Vermelho viveu durante décadas sob a linha da pobreza e com a pecuária e o arroz como praticamente únicos pilares da economia.

Esse cenário era até 2008, quando chegou a ONG britânica Funky Junk, que ofereceu aos moradores um pagamento a quem recolhesse sacolas plásticas.

"Pensamos qual era o maior problema da poluição e, sem dúvida, eram as sacolas, já que as pessoas as atiravam para qualquer lado", explica Sob Misy, um dos líderes da Funky Junk, à agência de notícias Efe.
Garrafas, metal e madeira já eram comprados por outros comerciantes, mas o restante, não.

Agora, os moradores guardam cuidadosamente suas sacolas de plástico em cestas até que tenham uma quantidade suficiente para vender. O restante do lixo é queimado, apesar de alguns resíduos ainda ficarem pelas ruas.

"Ainda não entenderam que o pequeno lixo também deve ser apanhado, apesar de não o reciclarmos. Nem todos fazem isso", explicou Misy.

A Funky Junk compra cerca de 160 quilos de sacolas plásticas a cada mês, mas o povo não gera a quantidade suficiente, por isso a limpeza se estendeu para cidades próximas, como a capital provincial, Kep.

Uma vez recolhidas, as sacolas são lavadas e cortadas em tiras, para serem transformadas em uma pequena oficina que emprega uma dezena de costureiras.

Depois, as tiras plásticas viram acessórios como gorros, bolsas, além de cestas de diferentes tamanhos que são vendidas em lugares turísticos ou pela internet.

Hein Pove e seus quatro filhos, por exemplo, viviam antes do arroz que cultivavam em uma área de dez metros quadrados.

"Naquela época não tínhamos dinheiro para comer nada de manhã. A terra dava muito pouco", conta a mulher de 33 anos.

Há cinco anos, Pove aprendeu a costurar plástico e trabalha cinco dias por semana na oficina, atividade que lhe garante até US$ 70 mensais (R$ 110). Ela também utiliza os coloridos cestos que cria para recolher o lixo em sua casa ou como vaso para as flores e plantas do jardim.

"Agora nos preocupamos com o lixo, não só para vender resíduos, mas porque assim as crianças ficam menos doentes", afirmou.

Na casa de Mou Earn, ainda se pode ver a quantidade de lixo acumulado que vai sendo queimado pouco a pouco em um canto do jardim.

As frutas que sua mãe vendia e o arroz colhido a cada ano não garantiam a alimentação dos oito membros de sua família. Com isso, acabaram se interessando pela reciclagem.

"Conseguimos dinheiro fácil recolhendo as sacolas de plástico. Mas o trabalho de costura é mais estável", disse.

Earn é um dos que mais conscientizaram os moradores para que recolhessem o lixo. "Digo a eles que precisam recolher o lixo, mas não me custa muito convencê-los. Estão contentes de ver as ruas limpas", declarou.

No entanto, segundo um recente estudo do Ministério do Meio Ambiente, apenas 1,5% dos cambojanos acredita que é necessário manter as comunidades limpas para a luta contra o impacto da mudança climática. 

Fonte: Folha.com

Depoimento espontâneo de consumidora contra o banimento das sacolas plásticas


terça-feira, 7 de junho de 2011

Programa Mais Você faz teste de limpeza com carrinhos de supermercado

O Programa Mais Você do dia 10 de maio, abordou um assunto pouco observado pelo consumidor brasileiro: será que os carrinhos de supermercado são realmente limpos? A produção do programa tirou essa dúvida, fazendo um teste para apresentar ao telespectador.

Ao anunciar o assunto, a apresentadora falou que o terceiro lugar onde podemos encontrar mais sujeiras é o corrimão dos ônibus coletivos. O segundo é o teclado de algum computador utilizado por várias pessoas. Para a surpresa do Louro José, Ana Maria revelou que o objeto mais sujo de todos é o carrinho de supermercado.

O repórter Felipe Suhre conversou com especialistas e também aproveitou a oportunidade para testar a higiene desses que, muitas vezes, são os grandes companheiros de todos na hora das compras.

A microbiologista Fernanda Drumond conversou com o repórter. Ela observou que os banquinhos para bebê, acoplados nos carrinhos, também podem apresentar bactérias e, em consequência, gerar doenças. “A gente vai fazer três tipos de pesquisa: a contagem total de bactérias, ver a condição de limpeza desse bebê conforto e vamos fazer a pesquisa de dois tipos de bactérias que podem causar doença no bebê que está deitado aqui”, explicou Fernanda.

Quatro dias depois, o repórter voltou a encontrar a microbiologista. Ela disse que foram encontrados vários tipos de bactérias nos carrinhos. “A gente tem que tomar cuidado ao jogar os alimentos no carrinho”, ressaltou, dizendo que os alimentos devem sempre estar bem protegidos. Fernanda explicou ainda que as bactérias podem ser encontradas em quase todos os lugares, porém, que devemos tomar cuidado redobrado com as que geram doenças.

A especialista também deu dicas para prevenir o contato com as bactérias que causam doenças. “Proteger os alimentos (carnes, legumes e frutas) com saco plástico e procurar deixá-los separados. A dona de casa deve ter o cuidado de fazer algum tipo de limpeza quando chegar com esses alimentos em casa, essa limpeza deve ser feita com um pano úmido e limpo e, de preferência, utilizar álcool”, destacou Fernanda.

Na casa, Ana Maria Braga exemplificou as dicas dadas pela microbiologista. A apresentadora ainda falou sobre o armazenamento dos ovos dentro da geladeira. “Não é indicado que os ovos fiquem na porta, pois há muita mudança de temperatura e eles podem estragar”, observou. Ana Maria também falou sobre sacos plásticos. Ela ressaltou que as frutas e legumes podem ficar dentro da sacolinha limpa do supermercado. Em compensação, a carne deve ser reembalada.

Para assistir a reportagem clique aqui.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Produto ‘biodegradável’ é vilão se descartado de forma errada, diz artigo

Cientistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, dos Estados Unidos, divulgaram pesquisa nesta terça-feira (31) apontando que o descarte inadequado de produtos chamados ‘biodegradáveis’ pode ser prejudicial ao meio ambiente.

A justificativa é que a decomposição de copos descartáveis e outros utensílios com esta denominação libera gás metano, causador do efeito estufa. A preocupação dos pesquisadores é que se este tipo de lixo for colocado em aterros sanitários que não capturam ou queimam o gás, o metano será liberado para a atmosfera e poderá contribuir para as emissões de poluentes.

“O metano pode ser uma valiosa fonte de energia quando capturado, mas é um gás de efeito estufa se lançado na atmosfera”, afirmou Morton Barlaz, co-autor da pesquisa e professor da universidade. “Em outras palavras, os produtos biodegradáveis podem não respeitar tanto o meio ambiente quando descartado em aterros inadequados”, complementou.

Segundo a Agência de Proteção Ambiental norte-americana, 35% dos resíduos sólidos urbanos do país vão para locais que capturam o metano e o transformam em energia.Outros 34% vão para aterros que queimam o gás (usinas de biogás). Entretanto, 31% do lixo urbano dos Estados Unidos vai para ambientes sem tratamento e que permitem liberar o gás de efeito estufa na atmosfera.

O alerta sobre o assunto foi dado também porque os produtos ‘biodegradáveis’ sofrem processo rápido de decomposição. De acordo com a pesquisa, ‘se os materiais degradam e liberam metano rapidamente, significaria menos combustível potencial para uso de energia e mais emissões de gases de efeito estufa’.

“Se queremos maximizar os benefícios ambientais dos produtos biodegradáveis em aterro, nós precisamos ampliar a coleta do metano e modificar o design desses produtos para que eles se decomponham mais lentamente”, disse. (Fonte: G1)

Mais informações em http://www.theregister.co.uk/2011/06/01/biodegradable_not_so_good/

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Iniciativa inédita une adulto consumidor e estudantes de escolas públicas para ensinar hábitos de consumo responsável

A Escola de Consumo Responsável, que será inaugurada em Blumenau (SC) e seguirá por todo o país, passa a contemplar, além do varejo, a rede pública de educação.

A indústria do plástico reuniu duas pontas da sociedade numa iniciativa que será levada a todo o Brasil e que contempla intervenções educativas no varejo e nas escolas públicas. Batizada de Escola de Consumo Responsável, a ação pretende levar ao consumidor adulto e estudantes da rede pública de ensino, conceitos sobre consumo consciente, uso racional dos recursos e descarte correto de embalagens, como as sacolas plásticas.

O objetivo da Escola é formar multiplicadores desses conceitos de sustentabilidade. “A defesa do meio ambiente só será eficaz se as ações partirem de princípios educativos e não de restrição de um ou outro produto”, afirma Miguel Bahiense, presidente da Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos e do Instituto Nacional do Plástico (INP), entidades idealizadoras deste projeto, juntamente com a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief).

Itinerante, com aulas de quatro horas, ministrada por instrutores previamente preparados e com apoio de material didático a Escola de Consumo Responsável parte do princípio que a preservação ambiental é responsabilidade de todos: poder público, iniciativa privada e população. A ação também promove o uso de sacolas mais resistentes, produzidas dentro da Norma ABNT 14937, uma vez que é direito do consumidor escolher a melhor embalagem para carregar suas compras. Sacolas mais resistentes podem ser usadas em menor quantidade, evitando seu desperdício e permitindo ainda sua reutilização.

As primeiras ações da escola foram realizadas em 2010 somente com funcionários do varejo e, nesta fase que se inicia em Blumenau, no dia 2 de junho, passa a agregar também a escola. “O resultado prático é a redução do desperdício das sacolas plásticas, além da conscientização e o maior envolvimento da população nas questões sustentáveis”, afirma o executivo.

Iniciativas de sucesso - A Escola de Consumo Responsável já está em funcionamento no Rio de Janeiro, onde mais de 400 colaboradores de sete supermercados foram treinados. O modelo que chega a Blumenau, mais completo, também poderá ser levado a outros locais do Brasil.

Informar e capacitar pessoas para atuarem com responsabilidade e transmitir os conceitos de sustentabilidade no consumo tem sido iniciativas constantes da indústria do plástico. A Escola de Consumo Responsável é parte do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, que envolve indústria, varejo e população na questão da responsabilidade compartilhada para o meio ambiente.

O Programa chegou a oito capitais brasileiras (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis) e, de 2008 a 2010, promoveu uma redução de 4 bilhões de sacolas plásticas. Ele segue com o objetivo de alcançar e até mesmo ultrapassar a marca dos 30% de redução no uso das sacolinhas até 2012.

Educação e preservação ambiental - Um recente estudo, encomendado pelo governo britânico, sobre o impacto ambiental de diversos tipos de sacolas mostrou que a sacolinha de plástico tem melhor desempenho ambiental em 8 das 9 categorias avaliadas. Outro importante dado é que ela apresenta a menor geração de CO2 em seu processo produtivo, além de consumir menor quantidade de matéria-prima frente às outras opções.

Além disso, o consumidor tem o direito de escolher a melhor solução para carregar suas compras e vê na sacola plástica um modo também de ter economia. A população utiliza a sacola plástica para acondicionar o lixo doméstico, assim como para outros tantos usos. Embalar o lixo em plástico é uma recomendação dos órgãos de saúde do país, para que se evitem contaminações.

A Escola de Consumo Responsável busca interação com a população e com profissionais dos supermercados, no sentido de contribuir para um melhor esclarecimento sobre as questões ambientais, principalmente, relacionada às sacolas plásticas. Os resultados vêm mostrando que essa ferramenta de diálogo com a sociedade é um complemento ao Programa de Qualidade, vital para ampliar disseminadores dos conceitos de responsabilidade ambiental.

A partir da interação com os estudantes e com os consumidores, teremos a possibilidade de reforçar o mote da educação como o caminho para uma sociedade responsável e com consciência sobre sustentabilidade, baseada na racionalidade, na educação e na responsabilidade compartilhada.

O novo formato da Escola de Consumo Responsável será inaugurado em Blumenau (SC) na quinta-feira (2 de junho).