quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Sacolas plásticas e outros recicláveis animam a folia durante o Carnaval

O que você acha de usar materiais simples, baratos e fáceis de serem encontrados como sacolinhas plásticas, garrafas PET e caixas de ovo para confeccionar sua fantasia para este Carnaval? Essa é a proposta que a Nova Rio, empresa carioca de terceirização de serviços fez aos estudantes do curso de Moda da Faculdade Veiga de Almeida. O objetivo: organizar desfiles de fantasias feitas com material reaproveitado.

Siga o passo-a-passo e vista-se de princesa do clã Omaticaya, do filme Avatar.

                         

1 - Tecido: Sacolinhas plásticas
Para fazer a saia da fantasia, use sacolinhas plásticas (ou sacos de lixo) azuis. O processo é simples: basta abrir o fundo deles, medir no corpo e cortar na altura desejada. É ideal usar dois sacos, um sobreposto ao outro, para evitar que o traje fique transparente. Uma camada de filó (tecido parecido com uma tela, usado em véus de noiva) embaixo dá mais volume. Finalmente, costura-se um elástico na extremidade superior das três camadas.




2 - Flores: caixas de ovo de papelão

Para enfeitar a saia, corte caixas de ovos em formato de flor e costure no plástico. Buchas vegetais de banho ou esponjas de cozinha usadas servem para o miolo.



3 - Folhas de PET
Para acompanhar as flores, recorte garrafas PET verdes em formato de folhas e costure. A estilista idealizadora da fantasia,  Mônica Cunha, recomenda que se derreta as extremidades da folha de PET com um isqueiro para melhor acabamento, além de evitar possíveis acidentes com rebarbas pontiagudas.



4 - Top ecológico
O top usado na fantasia também é feito com saco plástico azul, mas de um jeito um pouco diferente: corta-se o fundo e uma das laterais do saco, formando uma tira larga de “tecido plástico”. O ideal é utilizar três tiras: duas para cobrir os seios e mais uma para passar no pescoço e amarrar no meio do tórax, deixando o restante da tira formar uma “franja” na barriga.

5 - Ombreiras
Uma caixa de ovos de codorna foi usada para enfeitar o ombro. Em furinhos feitos na caixa, foram inseridos bastões de cola quente colorida, tampinhas de garrafa e outros restos de fitas de decoração - como os que sobram do Natal, por exemplo. Como a cola quente não é propriamente material reaproveitado, ela pode ser substituída apenas pelas tampinhas coloridas, coladas na base plástica.



6 - Flor central
Para enfeitar o top, a estilista fez uma grande flor azul e costurou no centro do tórax. Sob uma base de plástico (como a tampa de um pote de achocolatado, por exemplo) revestida de plástico azul, ela sobrepôs várias camadas de cola quente colorida e inseriu tampinhas de garrafa.

Inspire-se, confeccione sua fantasia e divirta-se! Mande fotos para a gente depois! E não se esqueça, não é apenas no Carnaval que a reciclagem de materiais faz sucesso. Iniciativas como usar sacolas plásticas de maneira responsável, reaproveitar materiais e separar os resíduos para a reciclagem são apenas algumas atitudes que podemos incluir em nosso cotidiano e que colaborarão para que possamos viver em um mundo melhor.
Fontes: Estadão e Revista Atitude Sustentável.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dica: como aproveitar sacolas plásticas em artesanatos para decoração

As sacolas plásticas são resistentes, duráveis e maleáveis, características que possibilitam que sejam reaproveitadas para a confecção de diversos produtos artesanais. Hoje trazemos uma técnica que mostra como fundir sacolas plásticas e usá-las como porta-retratos, descanso de copo ou qualquer outro objeto de decoração. As dicas são do blog Artist Team Club.

Primeiro você deve cortar as alças, o fundo e a parte da propaganda da sacola, para que ela fique assim: Faça isso com 3 sacolas.


Coloque uma sobre a outra e dobre do tamanho desejado. 


Coloque as sacolas dobradas plásticos no meio de um papel color set antes da próxima etapa [Dica do Artist Team Club: O vermelho manchou um pouco minha base, use um papel kraft que acredito que o resultado é melhor]

Passe o papel com o ferro de passar roupa


Abra para ver se o plástico não grudou no color set. Repeta o processo umas 4 vezes:


Com o calor do ferro, as camadas de plástico se juntam e derretem dando uma textura muito interessante. Usando várias camadas de plástico, a peça fica dura, ótima para a base das peças artesanais que são confeccionadas.


Foi só cortar no tamanho ideal e prontinho...  Uma base super exclusiva e reciclada:


Depois disso as meninas do Artist Team Club usaram tintas para PVA para dar cor à base, montar a peça e decorá-la. O resultado ficou assim:

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Empresa reaproveita sacolas plásticas para produzir tapumes

Desde o ano passado, sacolas plásticas e embalagens metalizadas estão sendo utilizadas como matéria-prima para a produção de tapume para obras. O projeto foi desenvolvido pelo Grupo Baram, fabricante de andaimes.


Os tapumes produzidos a partir do reaproveitamento de sacolas plásticas apresentam uma maior vida útil que os similares produzidos com compensado, pois não se deformam e apresentam uma alta resistência às variações climáticas do cotidiano. Impermeável e de baixo custo de produção, o tapume é reaproveitável, 100% reciclável e lavável.

Para produzir uma peça, de 2,20m por 0,55m, são consumidas três mil sacolas plásticas e embalagens metalizadas e a empresa fabrica em média seis mil chapas por mês.

Tapume ecológico - imagem de divulgação
Fonte: Bagarai


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Entidade acelera corrida às práticas sustentáveis

O Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas foi lançado em 2007 e de lá pra cá conseguiu estimular o mercado a consumir sacolas fabricadas mais resistentes o que possibilitou que os supermercados que aderiram ao programa puderam acondicionar volumes mais pesados em uma única embalagem, acabando com a prática de colocar uma sacolinha dentro da outra. Em três anos, essa iniciativa contribuiu com a redução no consumo de 3,9 bilhões de unidades até dezembro de 2010.


Para ampliar e consolidar a racionalização do uso das sacolas em 2011, a Plastivida vai intensificar as ações da Escola de Consumo Responsável, em que gerentes e encarregados de caixas de supermercados que já aderiram ao Programa passam por um treinamento sobre a importância da prática dos três Rs: Reduzir a quantidade de sacolas, Reutilizá-las para finalidades como o acondicionamento de resíduos e Reciclá-las quando não puderem mais ser reutilizadas.

Além disso, a entidade também vai continuar seu trabalho de divulgação do Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas, de forma a estimular cada vez mais redes de supermercados a aderirem sacolas mais resistentes.

Leia a seguir, artigo de Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Plastivida na revista Plástico Moderno sobre os resultados do Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas e suas perspectivas para 2011.

Entidade acelera corrida às práticas sustentáveis


Francisco de Assis Esmeraldo*

Vitoriosa na tarefa de racionalizar a utilização das sacolas plásticas e acabar com os desperdícios, a atuação contínua da Plastivida entra agora em uma nova etapa para demonstrar a sustentabilidade ambiental dos plásticos.

Desde 2007, quando o Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas foi lançado, as duas metas iniciais foram atingidas: estimular o mercado a consumir sacolas fabricadas de acordo com a norma técnica brasileira e reduzir o consumo de sacolas nas redes de supermercados. E isso tem sido possível porque não há alternativas consistentes para substituir as sacolas plásticas, uma vez que, segundo pesquisas do Ibope, 100% delas são reutilizadas como saco de lixo e se constituem nas embalagens preferidas de 71% das donas de casa para transportar compras.

Na medida em que o varejo passou a dispor de sacolas mais resistentes, o segmento pôde acondicionar volumes mais pesados em uma única embalagem, acabando com a prática de colocar uma sacolinha dentro da outra.

Esta medida, aliada à implementação do Programa em dezenas de redes de supermercados, contribuiu para o alcance da segunda meta: até o fim de 2010, 3,9 bilhões de sacolas plásticas deixaram de ser consumidas no varejo.

Para ampliar e consolidar a racionalização do uso das sacolas de forma permanente, em 2011 a Plastivida vai intensificar uma ação iniciada com sucesso em 2010: a Escola de Consumo Responsável. Por seu intermédio, gerentes e encarregados de caixas de supermercados que já aderiram ao Programa passam por um treinamento intensivo de quatro horas, sobre a importância da prática dos três Rs: Reduzir a quantidade de sacolas, Reutilizá-las para finalidades como o acondicionamento de resíduos, e Reciclá-las quando não puderem mais ser reutilizadas.

Na Escola, os profissionais recebem uma cartilha feita com papel plástico, confeccionado por meio da reciclagem de resíduos, inclusive de sacolinhas, além de informações sobre os três Rs, a importância da utilização das embalagens certificadas e a correta destinação dos resíduos domésticos.

Implementada inicialmente em um grupo de cerca de 500 profissionais de dois estados, Rio de Janeiro e Minas Gerais, a escola revelou fatos bastante relevantes: a grande maioria des.ses profissionais (86%) jamais havia passado por qualquer treinamento de práticas ambientais e ignorava o significado dos três Rs. Encerrado o curso, 97% deles relataram que passaram a dominar esta prática.

Antes do treinamento, 50% dos encarregados de caixa e gerentes de supermercados opinavam que seus estabelecimentos distribuíam mais sacolas do que o necessário. Depois do curso, esse percentual subiu para 64%, mostrando o quanto se pode racionalizar ainda mais o consumo das sacolinhas.

Outro dado significativo: tanto antes como depois do treinamento, 86% opinaram que, se houvesse uma lei determinando o banimento das sacolas, os consumidores seriam contra. Este dado, fornecido por quem lida na linha de frente com a população, é extremamente significativo.

Após o curso, praticamente a totalidade dos profissionais mostrou disposição em divulgar os três Rs entre os clientes dos supermercados, estimulando-os a racionalizar o consumo das sacolas.

Estes resultados reafirmaram nossa convicção de que a solução mais equilibrada para o uso responsável das sacolas é investir em informação e conscientização. Perto de completar três anos de existência, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas, criado pela indústria do setor, já conta com a participação de três dos seis grandes grupos varejistas do Brasil e de inúmeras redes, além do apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e de suas congêneres estaduais.

Vale também lembrar que os plásticos são feitos para durar (ao durar, retêm carbono e não contribuem para o efeito estufa), e não para serem descartados na natureza. É importante que sejam usados, reutilizados, coletados seletivamente e destinados à reciclagem, que pode ser mecânica e os transformará em novos produtos nessa ordem, ou mesmo energética, que os converterá em energia de forma segura, como já ocorre na Europa, América do Norte e Ásia. No mundo, existem 850 usinas de reciclagem energética. No Brasil, nenhuma.

É por isso que em 2011 a Plastivida prosseguirá divulgando a importância socioambiental da reciclagem dos plásticos nestas duas vertentes: a mecânica, transformando as embalagens usadas em novos produtos; e a energética, pela qual os resíduos urbanos acondicionados em sacos plásticos são revertidos em energia, em processos de combustão totalmente limpos e controlados, nos quais os plásticos ajudam a economizar óleo devido ao seu alto poder calorífico.

Neste último aspecto, e para difundi-la em todo o país, a Plastivida deverá lançar em 2011, em uma série de estados, o Manifesto já divulgado em 2010 em São Paulo e no Rio de Janeiro, em favor da reciclagem energética. O documento vem recebendo a assinatura das mais importantes entidades do país. Citamos como exemplos Petrobras, Fiesp, Firjan e Abiquim, dentre várias outras.

O desafio ambiental é urgente e imenso. Porém, não será com a penalização do consumidor, mas pela educação e responsabilidade compartilhada da indústria, sociedade e do poder público e adotando soluções verdadeiramente consistentes que iremos garantir o bem-estar das pessoas e a preservação do meio ambiente. Não é justo promover qualquer tipo de retrocesso.

Francisco de Assis Esmeraldo* é  presidente da Instituto Socio Ambiental dos Plásticos - Plastivida

Artigo publicado na revista PLÁSTICO MODERNO - PERSPECTIVAS 2011 - SÃO PAULO - JAN/2011 - Nº 435 - Pág. 28 e 29

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uso sustentável de sacolas plásticas é tema de encontro em Blumenau

O Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas chegou a Blumenau, em uma iniciativa do Instituto Nacional do Plástico (INP), em parceria com a Associação Catarinense de Supermercados (ACATS). Esta parceria pretende estimular o descarte correto e e uso responsável de sacolas plásticas no município. De 2007 a 2010, houve no Brasil a redução de consumo de 3,9 bilhões de sacolas plásticas. Programas como o que começa a ser implantado em Blumenau contribuem para que haja redução no desperdício no uso de sacolas plásticas, lembrando que é direito do consumidor escolher a melhor maneira de transportar suas compras.


O Programa envolverá a comunidade, o poder público e as empresas da cidade, que participarão de ações planejadas que englobam palestras e treinamento de multiplicadores. O encontro também foi marcado pela divulgação de que o Programa possibilitou a redução no consumo de 3,9 bilhões de sacolas plásticas, entre 2007 e 2010.

Leia a seguir, a matéria da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Blumenau, sobre a reunião:

Realizada mais uma reunião para discutir projeto sobre uso sustentável de sacolas plásticas

Segundo o Instituto Nacional do Plástico, de 2007 a 201 houve no Brasil uma redução de consumo de 3,9 bilhões de sacolas plásticas

Uma parceria entre poder público, iniciativa privada e a comunidade pretende tornar o uso das sacolas plásticas consciente para evitar a agressão ao meio ambiente. Este é o foco do Programa de Consumo Responsável de Sacolas Plásticas em Blumenau proposto pela Associação Catarinense de Supermercados (ACATS). A primeira reunião de 2011 foi realizada no dia 14 de fevereiro, na sede da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau e contou com a presença de representantes do Sindicato dos Supermercados e do Comércio Varejista de Alimentos de Blumenau e Região

(Singavale), da ACATS, de supermercados de Blumenau, do Instituto Nacional do Plástico e da Vereadora Helenice Luchesa, autora de um projeto de lei sobre o assunto na Câmara de Vereadores de Blumenau.

Este encontro serviu para a definição de um cronograma de ações e deve envolver a comunidade, a Fundação do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Educação, Câmara de Vereadores e demais entidades de Blumenau. As ações planejadas englobam palestras, treinamento de multiplicadores e diferentes maneiras de difusão do Programa. Paulo Dacolina, do Instituto Nacional do Plástico, aproveitou a oportunidade para

apresentar um levantamento feito pelo INP e outras entidades ligadas ao plástico. De 2007 a 2010, houve no Brasil a redução de consumo de 3,9 bilhões de sacolas plásticas. Programas como o que começa a ser implantado em Blumenau vão contribuir para que haja menos sacolas plásticas lançadas no meio ambiente.

Paulo Cesar Lopes, presidente da CDL Blumenau, colocou a entidade à disposição desta ação já que não são apenas os supermercados que distribuem sacolas plásticas, o comércio também faz uso deste material. Lopes ressaltou ainda o papel do Centro Educacional Varejista (CEV) para auxiliar na formação de multiplicadores do Programa. “Nossa intenção não é coibir o uso de sacolas, mas torná-lo consciente”, disse.

Já a vereadora Helenice afirmou que a Câmara de Vereadores isoladamente não conseguirá tornar o programa viável porque o Legislativo precisa se unir para que

este programa não fique apenas na teoria. “A nossa intenção é conversar com outras entidades e continuar com a seriedade que demonstramos até agora”, afirmou a parlamentar. O próximo encontro foi agendado para o dia 16 de março.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Por serem econômicas, higiênicas e recicláveis as sacolas plásticas são a maneira mais eficiente para transportar compras

As sacolas plásticas são econômicas, duráveis, resistentes, práticas, higiênicas e 100% recicláveis e como ressaltou a matéria Um jeito novo de viver, publicada pela Revista Veja em 22 de dezembro de 2010, sua produção emite 70% menos de poluentes e consome 98% menos em energia que a fabricação do papel, usado para a montagem de sacolas.


“A solução talvez não seja a troca [das sacolas plásticas pelas sacolas de papel], mas um descarte mais eficiente das embalagens plásticas”, conclui o texto.

A reportagem destaca a também reciclabilidade do plástico e enfatiza que a destinação para cooperativas de recicladores é a melhor solução para o material, em seu pós consumo.

Consideramos que o descarte correto tanto das sacolas plásticas quanto dos outros resíduos reciclados que geramos em nosso cotidiano é tão fundamental quanto o seu uso responsável, evitando seu desperdício e destinando os materiais para a coleta seletiva após o fim de sua vida útil.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sacolas plásticas são uma maneira econômica e segura de dispor o lixo

As sacolas plásticas são a maneira mais econômica de dispor o lixo doméstico, evitando que ele fique espalhado pelos quintais e ruas, fato que contribui com a saúde das pessoas. Elas também são muito eficientes para organizar os resíduos que são enviados à reciclagem, permitindo aos moradores separarem os orgânicos e os recicláveis.
Assim como acreditamos, o consumo responsável de sacolas plásticas começa no supermercado e deve terminar com a reutilização e o descarte adequado do material, que é usado por quase 100% da população para o acondicionamento de seus resíduos. Além da reutilização, é importante evitar o desperdício de sacolas, fato que também começa no momento da compra, com as sacolas certificadas, maiores e mais resistentes e culmina no uso de menos sacolas tanto no transporte dos produtos, quanto na organização do lixo.

Uma reportagem do Jornal do Comércio do Rio Grande do Sul aponta a economia do uso das sacolas para descartar o lixo e compara o valor que seria gasto com sacos de lixo – na ausência das sacolas plásticas - com outros itens essenciais à vida das pessoas. A conclusão é de que um pacote de sacos de lixo custa o equivalente a cinco quilos de arroz, quantidade suficiente para alimentar uma família por cerca de um mês.

Leia a seguir, a matéria na íntegra:

Sacolas de super, sacos de lixo e arroz...
Jornal do Comércio do RS - Notícia da edição impressa de 04/02/2011

Os dois primeiros nomes citados no título têm tudo a ver, mas e o arroz onde entra nisto? Um assunto que vai e volta é o uso das sacolas plásticas nos supermercados ou a tão propalada redução do uso delas. Volta e meia ouvimos e vemos na mídia que elas são poluentes, que entopem os bueiros e bocas de lobo, que levam anos e anos para se decompor, etc, etc, enfim aquela velha cantilena dos ecochatos de plantão. Quem fica bem feliz com isto são os donos de supermercados, que irão diminuir sensivelmente seus custos com embalagens e também os fabricantes de sacos (plásticos) de lixo, que deverão aumentar o faturamento por razões óbvias – me atrevo a afirmar que 90 por cento do lixo doméstico é acondicionado em sacolas de supermercado, basta sair pelas ruas antes do recolhimento e observar. Raramente compro saco de lixo, mas ontem estava na minha lista do super este item e fui à gôndola pegar o dito cujo – quase caí duro ao ver o preço deles, algo como R$ 9,00 por 30 sacos de 30 litros ou R$ 0,30/unidade. Se o vivente usar um saquinho destes por dia, no final do mês terá gasto R$ 9,00 só para acondicionar o lixo. Aliás, pouca coisa se pode comprar com R$ 9,00 dentro das nossas despesas mensais, só me ocorre um produto que ainda é mais barato, o arroz. Cinco quilos deste cereal tão nobre alimentam uma família pequena durante um mês inteiro e no mesmo super do saco de lixo caro, um pacote de 5 kg de arroz estava sendo vendido a R$ 6,00! É pouco ou muito? Depende das posses de cada um.

Compare com o custo de alguns itens como a sua conta do celular ou com o cartão dele, se for pré-pago, por exemplo. Muita gente gasta muito mais do que seis pilas por mês para falar no telefone. Por estas distorções se explica um pouco a grave crise financeira que enfrentam os produtores de arroz deste País, onde saco para lixo vale mais que comida! E se o arroz custasse R$ 5,00 o quilo? Sou capaz de apostar que haveria uma guerra em cima dos produtores rurais. Mas uma família gastaria R$ 25,00 por mês com este grão que é tão tradicional na nossa mesa, menos do que se gasta com celular ou cerveja e um pouco mais do que com sacos de lixo. Para terminar, uma pergunta que não quer calar: se querem os ambientalistas e ecologistas que não usem sacolas plásticas nos supermercados porque elas poluem, mesmo elas sendo reutilizadas para acondicionar o lixo, qual o recipiente que eles sugerem para colocarmos nossos resíduos? Se a resposta for “Saco de lixo”, não vale – pois eles são de plástico e “levam anos e anos para decompor, vão poluir, entupir” etc, etc...

*Paulo Roberto Moreira Ene - Médico-veterinário e produtor rural

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Melhor do que proibir, educar sobre o consumo de sacolas garante resultados duradouros

Uma liminar do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul suspendeu, na semana passada, a lei municipal que proíbe o uso de sacolas plásticas, em favor à utilização de embalagens biodegradáveis ou oxibiodegradáveis no município de Santo Antônio da Patrulha/RS.

Nós acreditamos que ações restritivas às sacolas plásticas vão na contra-mão ao direito de escolha do consumidor. O trabalho pela conscientização é mais eficaz e traz resultados mais duradouros para a sociedade e o meio ambiente, já que atua em padrões comportamentais, visando a mudança de atitudes.

Com esse foco, o Programa de Qualidade e Consumo Responsável das Sacolas Plásticas atua em diversas capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre, capacitando os colaboradores de supermercado para que sejam multiplicadores de ações voltadas ao consumo consciente de sacolas plásticas.

Junto com o programa, defendemos o uso de sacolas plásticas certificadas, maiores e que suportam até 6 quilos, de forma que o consumidor pode acondicionar mais produtos na embalagem – e não precise usar uma sacola a mais, como “reforço” caso a primeira se rompa.

Sacolas plásticas são higiênicas, práticas, proporcionam bem-estar e economia às pessoas e são amigáveis ao meio ambiente, quando usadas e descartadas com responsabilidade.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

As sacolas plásticas não são as vilãs

As sacolas não deveriam ser colocadas sobre a calçada
* Franciscode Assis Esmeraldo

Com a perspectiva das chuvas torrenciais que inundam as ruas das grandes capitais do sul e sudeste do País no final da primavera e durante todo o período do verão, recomeça o debate sobre os responsáveis por essa situação. Apesar do maior grau de conscientização da população e do poder público, a respeito do descarte adequado dos resíduos no pós-consumo, ainda se encontram aqui e ali bueiros entupidos por todo o tipo de lixo, o que contribui para provocar alagamentos nas grandes cidades. No primeiro semestre de 2010, a Prefeitura de São Paulo realizou uma campanha publicitária, mostrando a importância de a população não jogar lixo na rua e sim acondicioná-lo corretamen -te para a coleta municipal As sacolas plásticas são as ideais para acondicionar lixo, por evitar a contaminação do meio ambiente. Quase 100% das donas de casa reutilizam as sacolinhas que serviram para carregar suas compras do supermercado para casa para embalar o lixo doméstico, evitando gastos extras com sacos de lixo.

E as sacolas se prestam muito bem para esta função. Esse tipo de embalagem impede que os resíduos se espalhem pela cidade cada vez que ocorre uma inundação. Também impede a proliferação de doenças e contaminação que são resultado do chorume do lixo descartado de modo inapropriado. As Secretarias da Saúde recomendam a utilização das embalagens plásticas no acondicionamento dos resíduos sólidos, por uma questão de saúde pública. Para que as sacolas não fiquem boiando e acabem entupindo bueiros, elas não deveriam ser colocadas sobre a calçada em dias de chuva, mas sim sobre lixeiras ou suportes suspensos. Isto frequentemente não acontece porque há muitos cidadãos que ainda não se conscientizaram para a importância de fazê-lo. Na cidade de São Paulo, a Lei do Mobiliário Urbano autoriza a concretagem de lixeiras, desde que não atrapalhem a entrada e saída de locais públicos e priva-los, e preservem uma faixa livre de no mínimo um metro para o pedestre transitar. Já a Lei de Muro, Passeio e Limpeza Urbana, proíbe que equipamentos como lixeiras prejudiquem o trânsito de deficientes físicos e estipula mínimo de 0,90 metro para a faixa livre da calçada. Ainda em São Paulo, outra lei municipal determina que, nos locais em que a coleta é feita durante o dia, o lixo só seja colocado sobre a calçada duas horas antes do horário da passagem do caminhão de coleta. Quando esta ocorrer à noite, o lixo só deve ser levado para fora após as 18horas. As multas para quem desrespeitar são de até R$ 50 (para pessoas e condomínios) e até R$ 15 mil (para empresas). A consequência e o que se vê nas inundações agravam o problema. Devido às chuvas de fim da tarde, caminhões de coleta passam com atrasos ou sequer circulam em algumas ruas da cidade. O resultado são sacos de lixo e outros detritos boiando nas enxurradas e obstruindo os 400mil bueiros.

Nestes momentos, o ideal seria o poder público se prevenir, se organizar e procurar fazer a coleta antes da chuva. E onde isso fosse impossível, orientar os cidadãos a não deixarem o lixo sobre as calçadas antes da chuva acabar. Ou seja, prefeitura e cidadãos precisam estar mobilizados para deixarem os sacos de lixo no mínimo tempo possível expostos. Quando os bueiros entopem, as águas pluviais escorrem mais lentamente pelos 2.580 quilo -metros de galerias subterrâneas de São Paulo que desembocam nos rios Tietê, Pinheiros e Tamanduateí. Essas galerias foram dimensionadas para chuvas menos intensas.

Muitas delas já chegaram ao limite de sua capacidade e precisam de reformas e ampliação. Também há necessidade de se construir mais "piscinões" - método já adotado nas grandes regiões urbanas como forma de evitar o refluxo das águas pluviais e as consequentes inundações. Ao acondicionar o lixo e ficarem suspensas nas lixeiras concretadas, as sacolas plásticas podem até evitar que os alagamentos nas cidades se agravem Imaginemos, por exemplo, uma situação em que, em vez de utilizar sacolas plásticas para dispensar o lixo, a população o faça em caixas de papelão. Esses recipientes ficariam expostos a céu aberto durante horas nas ruas, atraindo moscas, pombas, ratos, disseminando doenças. Qualquer enxurrada espalharia todo o lixo pelas vias públicas e os bueiros se entupiriam de vez. Quando os cidadãos continuarem sendo estimulados a reduzir seu desperdício na hora de levarem as sacolas plásticas para casa; a reutilizá-las mais de uma vez, em vez de jogar o lixo na rua, e o poder público a organizar melhor a coleta em dias de chuva e manter os bueiros limpos, teremos menos inundações.

* Franciscode Assis Esmeraldo é presidente da Plastivida Instituto Socioambiental dos Plásticos e membro do Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp, entre outras entidades.

Artigo publicado no jornal DCI - SÃO PAULO - 01/02/11 - Pág. C6