terça-feira, 19 de julho de 2011

Sacolas plásticas podem e devem ser recicladas

Em entrevista, José Henrique Penido, chefe da Diretoria Técnica e Industrial da Comlurb, desmitifica alguns conceitos sobre as sacolinhas plásticas. Segundo ele, o cerne da questão é garantir o descarte correto deste material: "Se usadas para embalar o lixo, trazem benefícios para a saúde da população, pois evita o contato com a água de chuva e evita o acesso de vetores", comenta.

Acompanhe a entrevista:

Qual o maior problema ambiental provocado pelos sacos plásticos?

O problema causado pelos sacos plásticos ocorre quando são dispostos inadequadamente pela população.  Se usados para embalar o lixo, trazem benefícios para a saúde da população, pois evitam o contato com a água de chuva e o acesso de vetores. E nos aterros, são dilacerados pelos equipamentos compactadores que espalham o lixo nas frentes de trabalho, e são enterrados junto com os outros resíduos. Sua decomposição não gera gases de efeito-estufa nem chorume.

Em função dos tímidos avanços da lei, há quem aponte que falta mais campanhas de conscientização. O próprio autor da lei, atual Secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc, admite que é preciso avançar nesta questão. Na Europa e dos EUA a solução foi cobrar pelas sacolas (medida defendida pela Associação de Supermercados). Faltam campanhas no Brasil? Este é o principal problema?
 
De fato, campanhas de sensibilização da população são fundamentais não apenas para uma melhor manipulação dos sacos plásticos, mas para que a sociedade tenha consciência de sua responsabilidade em manter a cidade limpa e saudável, adotando princípios elementares de civilidade com relação ao lixo que gera diariamente.

As sacolinhas tradicionais, são, de fato, grandes vilãs ambientais?

As sacolas plásticas, hoje produzidos majoritariamente com polietileno de média e alta densidade, podem e devem ser recicladas. Cooperativas podem separar e vender uma grande quantidade do material, que posteriormente será destinado a fábricas de produtos plásticos. Este é o caminho correto que o excesso de sacolas deve seguir, de modo a se poupar matérias primas não renováveis, como é o caso do petróleo. 
O melhor caminho é reutilizá-las quando necessário e colocá-las à disposição da coleta seletiva, quando não tiver mais serventia.

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